28/06/2011

Morre uma categoria


Oremos, pois na minha humilde opinião a edição 2011 do Festival de Cannes assistiu ao falecimento da sua categoria cyber. Não à toa, vimos que os grandes (?!) vencedores do ano nas categorias press, promo, design, foram ideias fortemente baseadas na lógica digital, o que mostra pra gente - e bota a discussão na mesa do mercado publicitário e de anunciantes - que o que vale mesmo é a IDEIA. Morrerão na praia aqueles que pensarem que o digital está contido nele mesmo enquanto disciplina do marketing/comunicação. Talvez por isso, Edmar Bulla, o desempenho brasileiro tenha sido bem pacato no ano.

13/06/2008

Tarantino's Mind

Curta sensacional com o Selton Mello e o Seu Jorge. Na linha do Sobre Café e Cigarros do Jarmursch, um papo malucaço sobre uma teoria conspiratória do Selton Mello em torno dos filmes do Tarantino. Beeem foda! Valeu Felipe's nainainai pela dica!

22/05/2008

Grande Saramago!

O Ensaio sobre a Cegueira é realmente um livro muito visual. Me lembro bem de passagens fortíssimas que registrei, e inventei cenários, e fantasiei personagens, aquelas coisas. Agora, vamos ver o que o Meirelles nos reserva dessa leitura toda... A reação do Saramago, na exibição em Cannes, me pareceu bastante espontânea e sincera.


Via UoD

07/05/2008

A Ju Mundim é uma cineasta brasileira que viaja o mundo à caça de boas histórias. Recentemente, ela enviou alguns de seus trabalhos mundo afora. Fiquei impressionado! Destaque para o filme de Paris (asterisco azul no mapa mundi), e para os incríveis short cuts de "the things that happen when i think of you".

13/04/2008

My Blueberry Nights

Obviamente baixei as expectativas para assistir ao novo Wong Kar-Wai. Esses movimentos de cineastas partirem de seus países para filmarem nas locações/produções norte-americanas deixam uma pulga gigante atrás da orelha. Fui lá e gostei! Tá certo que digeri bem o final de semana inteiro pra chegar a uma conclusão tão rasteira como essa. Me surpreende ainda a habilidade dele em construir atmosferas. De reencontro, de traições, das paixões. Manteve a classe! Sem falar das escolhas equivocadíssimas de elenco, tem outra coisa que me pega: no solo americano ele precisou ser mais óbvio, menos subliminar, que é uma marca inconfundível de seu cinema. Aqui, ele tá escrachado; escancara a mensagem a um nível quase constrangedor. Acho que se sentiu mais pressionado, por alguma razão, sei lá... Para contrapor a atuação no mínimo risonha da Norah Jones, atente-se à Rachel Weisz. Minha dica é entender que My Blueberry Nights é um filme muito acima da atual produção independente norte-americana. Mas não o compare com os demais de Wong Kar-Wai, ok?

24/02/2008

Saldão de férias

MEMÓRIAS DO SUBSOLO. A leitura de um grande autor tem que começar pelo começo, não adianta. Esse foi meu segundo contato com Dostoievski. Um pouco antes, eu tinha lido Crime e Castigo, que me deixou simplesmente de queixo caído pelo cara. Denso, psicológico, uma obra-prima. De tão embasbacado, corri para comprar o Memórias, que é um livro da fase inicial do autor. Humpf! Não sei se foram as diferentes correntes de tradução ou o quê, mas o livro ficou menor. Nitidamente, é uma obra que serviu de trampolim para ele alcançar a maturidade lá na frente. Óbvio! Se eu tivresse feito o movimento contrário, talvez não ficasse com essa sensação. Agora vou pros Irmãos Karamazov. Alguém já?

SAGARANA. Não resisti à compra de todas as edições comemorativas das principais obras do Guimarães Rosa. hehe. Simplesmente impecáveis, todas de capa dura, fac símiles de passagens dos orginais, novos projetos gráficos, sem aquela necessidade de padronizá-los numa mesma reedição. Perfeitos! Aproveitei para reler alguns contos do Sagarana: Corpo Fechado, São Marcos e Duelo. Coincidentemente, todos tratam da veia espiritualista do Guimarães. À maneira das histórias da carochinha, ele confronta o sertanejo físico com a sua outra metade, a sutil, que entende as forças e as ligações que estão "amarradas" com a natureza. Foi engraçado reler essas histórias depois de 15 anos...

HOMEM COMUM. Um livro simples, sem grandes pretensões, de um escritor norte-americano de origens judaicas: Philip Roth. É aquele papo de, à chegada da reta final, ter a compreensão da "vida que poderia ter sido e não foi", dando as aspas aí a Manuel Bandeira. A nós, homens, é uma história que pega. Esse personagem principal revisita todo seu projeto de pai e filho, para nos relembrar uma fórmula muito simples da vida, bem basicona: nós somos frutos das escolhas que fazemos d-i-a-r-i-a-m-e-n-t-e. Meio barra ter essa consciência a todo instante, hein! Leitura expressa, em 2 dias se mata.

23/12/2007

Vale um post de final de ano, no clima natalino. O projeto destes artistas australianos (Glue Society, vale visitar o site destes caras) foi mostrar o ponto de vista Dele a respeito das cenas bíblicas mais famosas: Moisés abrindo o mar vermelho, a crucificação de Cristo, a arca de Noé e o Eden. Um oferecimento: Google Earth.